Borrachada na China?

Confusão nos arredores do Estádio Nacional (Ninho de Pássaro), na noite da abertura das Olimpíadas da China, em Pequim. Fotos: Leandro Taques

Como diria meu camarada JDM (Jornalista de Merda)...Quem é que sobe? A história foi mais ou menos assim. Eu e o camarada Hedeson tínhamos planejado ir para “perto” a Bolha Olímpica ali pelas 16hs para ficar num lugar bacana e fotar os fogos da abertura das Olimpíadas. Uns mil metros de distância já havia inúmeras barreiras policiais. Andamos algumas quadras para checar e acabamos concluindo que não tinha papo. Sem chance. Na abertura só com ingresso. Diante da frustração... Vamos almoçar e beber...para esquecer. Pois bem, estávamos numa área bacana, chique, almoço acima da cota diária. Aquela estudada no restaurante e entramos. Pedimos um prato de moluscos, uma carne e um arroz. Além de uma jarra de cerveja. Quando a jarra chegou pensei: a abertura dançou mesmo. O rango muito bom, pedimos mais um frango...e mais uma jarra. Já estava vendo a “jarra” em caco. Acabamos o almoço e a idéia era voltar para casa e assistir pela TV mesmo, a gente vê todos os ângulos mesmo.Saímos do restaurante e fomos ali, ali mais perto pra ver o que estava acontecendo. Trânsito parado em cima de um viaduto, galera saído dos carros e seguindo a pé. Fomos na onda. O policial até pediu pra voltar mas sabe como é... Brasileiro é uma racinha. Aquele migué e seguimos. Mais uma caminhada e estávamos bem adiante daquelas primeiras barreiras. Aí o povo aglomerou do lado de cá da rua e a polícia ficou, na boa, do lado de lá da rua. E a abertura rolando...de repente subia uns fogos, a galera ahhhhhh! E assim foi. Até que logo ali, um povo começou a gritar, pelo que aconteceu na seqüência deveria ser algo do tipo: Ah, vamos invadir, ah, vamos invadir!!! Invadiram, digo, invadimos. Quando notei, estávamos na cara do gol, (entendam cara do gol para os sem credencial, nosso caso, como vocês já sabem é estar há uns 100 metros do Ninho). Mas na cara do gol não basta né, fazer o gol é que é bacana. E o povão queria jogo. E novamente começou aquele mesmo refrão... Ah, vamos invadir, ah, vamos invadir!!! Mas desta vez a coisa foi diferente, a polícia estava em peso e seria a última barreira, se passássemos, estaríamos, praticamente, dentro do Ninho. A galera gritando e a massa se movimentando, vai pra lá, vai pra cá. A polícia com uns megafones “orientando” o povo para retornar. E o povo não estava muito a fim. Novamente o grito de guerra e um empurra-empurra. No meio do povão aparecia alguns mais exaltados a agitavam mais e mais o coro e a galera se animando. A essa altura eu só imaginava as borrachadas que levaria. Mas INFELIZMENTE o povo se amansou e acabou recuando e eu também. Voltamos para casa e ainda deu tempo de assistir os fogos pela televisão.