Na terra de Mao

Finalmente em Pequim. Depois de 48 horas de deslocamento, chegamos à terra de Mao. Tudo começou, para variar, numa mesa de bar. Na exposição da Priscila em setembro de 2007, no Hacienda Café. Todo mundo por lá, larguei aquela: “vamos pra Pequim?”....O Rodolfo e o Hedson me olharam meio assim e fomos beber...Depois de muitas Norteñas a coisa ficou meio acertada...papo de boteco.
Uns dois meses depois marcamos uma “reunião” no mesmo Hacienda, para acertarmos detalhes...Mais uma vez a coisa acabou em Nortenhas.
Em março, os caras radicalizaram: me ligaram e comunicaram: “Compramos a passagem”. Não tive escolha: vamos pra Pequim. Passagem comprada, em N vezes no cartão, uns doletas guardados mais uns frilinhas para completar o orçamento e comecei a agilizar um pouso na capital chinesa. Uma amiga, a Viviane, que morou em Pequim, simplesmente resolveu tudo. Contatos com a Nancy, uma chinesa, colega dela de trabalho nos mandou, em uma semana, mais de seis opções de poso. Optamos em ficar na casa da família da Nancy. Poso resolvido, chegou a hora do polêmico visto para a China. Muitas regras mudaram, por conta das Olimpíadas, para se conseguir o bendito. A mesma agente que resolveu nossa passagem encaminhou a papelada para o visto. A Mariana, sempre atenciosa, resolveu tudo, e assim como nós ficou um pouco apreensiva com a burocracia do processo. Alguns momentos de tensão, praticamente aos 49 do segundo tempo - leia-se: embarcamos na quarta-feira 30/07, somente na terça-feira 29-07, o visto saiu. Seis horas de busão de Curitiba a São Paulo, um pulo no centrão para pegar os passaportes, Guarulhos num hotelzinho pra tomar aquele banho e dar um relax, 1:25 da manhã embarcamos, 14 intermináveis horas de avião até Dubai. (Imprensa em peso no vôo, Gazeta do Povo, Folha de São Paulo, RBS, Jornal do Brasil...) Quatro horas de Aeroporto de Dubai que continua em obra, estive lá em 2002 e a turma já estava nessa...Mais oito horas de Dubai até Pequim...Chegamos. Para agüentar a pegada, muito vinho na cabeça, na verdade acho que exageramos. Vamos lá. Fila na imigração. O Rodolfo, credenciado, tranqüilo. Eu e o Hedson, “turistas”, um pouco nervosos. O china pegou o passaporte, deu aquela olhada e “clack tum” (essa é a definição do som do carimbo, segundo o Rodolfo). Estamos dentro.
Nancy estava com nossa fotografia: Hi, welcome to Beijing. Pegamos um táxi e meu amigo...Em Pequim tudo é muuuuuuuito grande. Do aeroporto (o maior do mundo), até a cidade, estradas, muitas estradas, cinco pistas, uma exclusiva para veículos credenciados, tudo novinho.De cara flagrei o que talvez, seria o nosso maior problema. Os taxistas não sabem nem o que comeram no café da manhã...Meus amigos, LOST em Beijing. O cara errou a saída, depois pegou a saída errada, pagou três pedágios desnecessários e então voltamos ao rumo certo. Na casa da Nancy, um quarto bacaníssimo. Bainheiro com hidromassagem e tudo mais. Largamos as coisas, um banhão para tirar a nhaca e fomos conhecer o tal do ninho de pássaro...Como desconfiava, muuuuuito grande.